quarta-feira, 14 de março de 2012

2º Dia de Manifestação em Itapipoca


















Terceirizados da Coelce entram em greve

Do Sindicato dos Eletricitários do Ceará:

Após três rodadas de negociação e proposta de reajuste salarial de apenas 6,19%, os trabalhadores terceirizados da Coelce decidiram entrar em greve a partir desta terça (13.03) em todo o Estado. Na última rodada de negociação, a novidade apresentada pelos patrões à categoria se resumiu a reajustes que variam de R$ 3,67 a R$ 6,87. As Assembleias que deliberaram pela paralisação foram realizadas pelo Sindicato dos Eletricitários do Ceará (Sindeletro) em Fortaleza e cidades do interior.

Além de reajuste salarial, a categoria reivindica Plano de Saúde para dependentes, Plano de Cargos e Carreiras e melhores condições de trabalho. Atualmente, as metas de produtividade e as escalas de plantão colocam em risco a segurança dos terceirizados, situação que é agravada por baixos salários e pressão constante das terceirizadas. Em janeiro deste ano, foi registrada a morte de mais um trabalhador, vítima de acidente fatal em Itapajé, enquanto atuava em nome da Coelce.

Eletricistas entram em greve no Ceará

Trabalhadores de empresas terceirizadas da Coelce paralisaram as atividades no Estado. De acordo com informações do Sindeletro, cerca de 80% dos eletricistas aderiram ao movimento. Hoje haverá reunião entre as partes


 Grevistas querem aumento de R$ 344,71 no atual salário-base

Ao som das músicas de Raul Seixas, trabalhadores terceirizados ligados à Companhia Energética do Ceará (Coelce) reivindicaram aumento de R$ 344,71 no salário base atual (R$ 774,89), ficando em R$ 1.119,60. O valor é referente à remuneração dos eletricistas, maior parte dos grevistas.

De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Eletricitários do Ceará (Sindeletro), Cesário Macedo Melo Neto, houve 80% de adesão ao movimento no Ceará por parte dos eletricistas e serviços como religação do sistema de energia e corte de luz estão suspensos.

“A Coelce tem um efetivo de 1.200 trabalhadores, ela também tem eletricistas, se precisar ela pode usar”, lembra Cesário. Ele diz que a manifestação teve início às 8 horas de ontem. Até o final da tarde, os grevistas ainda estavam em frente à Coelce no ato de paralisação e só retornarão aos trabalhos quando houver negociação.

“Desde 2005 a luta é para termos até dois salários mínimos. Até agora, fica oscilando até 1,4 salário”, explica o vice-presidente do Sindeletro. Irregularidades de horas extras, falta de plano de saúde para dependentes e valor do auxílio-alimentação (R$ 7,20) também estão na lista de reclamações dos grevistas. Atualmente são cerca de 7.200 trabalhadores terceirizados no Ceará.
 
Negociações

Para chegar ao aumento proposto, outras duas rodadas negociações tinham sido realizadas. Uma em fevereiro e outra no início deste mês, com aumentos variando entre R$ 3,67 e R$ 6,87, conforme o Sindeletro.

Já o presidente do Sindicato das Indústrias de Energia e de Serviços do Setor Elétrico do Ceará (Sindienergia-CE), Elias do Carmo, fala que houve surpresa em relação ao movimento.

“Achamos até estranho essa paralisação, porque não cessaram as negociações. Amanhã temos reunião com a Procuradoria do Trabalho às 11 horas com o Sindicato para mais uma rodada de negociações. Nunca fechamos as portas para as negociações”, comenta Elias.

Ele afirma que o aumento proposto e “dentro da realidade” compete a 6,19%, e assim o salário muda para R$ 822,86. Conforme o Sindienergia, do contingente de cerca de 6.500 trabalhadores, 2 mil são eletricistas.
 

Clima

Durante o ato da greve, em frente à sede da Coelce, na rua Padre Valdevino, policiais acompanhavam o movimento. Segundo o Cabo Gil do Batalhão de Choque do Comando Tático Motorizado (Cotam), não houve confusão. “Estamos aqui para garantir a segurança de quem quer trabalhar, enquanto eles tentarem impedir. Queremos estabelecer a lei e a ordem para que eles não fechem a rua”, avisa.

Como


ENTENDA A NOTÍCIA

Com acenos e gritos, os grevistas chamavam a atenção dos motoristas e transeuntes. Na tarde de ontem, aparentemente, não houve indícios de confusão ou desentendimento com os policiais.

Fonte:O POVO Online